Governo finalizou trechos da transposição do Rio São Francisco
Após mais de 13 anos de espera, no dia 9 de fevereiro de 2022, o Governo Federal finalizou a transposição do Rio São Francisco, concluindo as obras dos eixos Norte e Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, além dos ramais do Agreste, Apodi e Salgado.
A obra iniciada em 2005 passou por 4 (quatro) presidentes, tendo sido iniciado por Lula, mas nos seus 8 anos não conseguiu finalizar, no governo da Dilma continuou alguns trechos, mas alegou dificuldades financeiras(sofreu o impedimento), no governo de Temer, inaugurou alguns trechos, mas também não conseguiu seguir adiantes devido ao seu pouco tempo de governo.
Abandono
Em 2019, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) elaborou um relatório sobre o Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF) que apontou falhas tanto no projeto como nas obras de transposição do Rio São Francisco. O documento apresentou dificuldades na distribuição da água e erros na execução das obras que, mesmo após 12 anos de seu início, ainda não tinham sido concluídas.
O Comitê apresentou o relatório ao novo governo Bolsonaro, para que o projeto seja revisto e que apresente propostas viáveis não somente para a efetividade da distribuição de água, através dos canais da transposição, mas, principalmente, para que a revitalização de toda a bacia hidrográfica e seus afluentes, seja eficiente.
No ano de 2021 o governo de Bolsonaro lança um edital para a construção do Ramal do Salgado, trecho da transposição do Rio São Francisco, no Ceará. Com R$ 600 milhões em investimentos públicos, a infraestrutura vai abastecer 54 cidades cearenses, beneficiando 4,7 milhões de pessoas.
Também foi assinada a Ordem de Serviço para início da recuperação e adequação da Barragem Banabuiú, também no Ceará. Com investimentos federais de R$ 15,4 milhões, as obras serão executadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e devem beneficiar cerca de 20 mil
Durante o evento, Bolsonaro ainda sancionou a Lei 14.225 de 2021, que altera a participação da União no Fundo Garantidor de Infraestrutura, permitindo a utilização dos recursos em projetos de concessões públicas e parcerias público-privadas da União, dos estados e dos municípios. Assim, segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, fica criado o Fundo de Desenvolvimento Regional Sustentável, que será usado para alavancar investimentos em infraestrutura no país, com prioridade para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Jornada das Águas
O projeto da Jornada das Águas começou em São Roque de Minas, no norte de Minas Gerais, região da nascente do Rio São Francisco, e vai terminar em Propriá, em Sergipe.
A viagem de dez dias, liderada pelo ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho, percorreu os nove estados do Nordeste com anúncios e entrega de obras de infraestrutura, preservação e recuperação de nascentes e cursos d’água, saneamento, irrigação, apoio ao setor produtivo e aos municípios, além de ações de governança, com propostas de mudanças normativas no setor.
“ Água é vida, água é tudo para quem pouco tem. Se Deus quiser, nos próximos meses concluiremos toda a transposição do São Francisco. Além de concluí-las [as obras], estamos investindo na nascente do São Francisco, fazendo o reflorestamento no nosso estado de Minas Gerais”, disse Bolsonaro durante o evento.
A expectativa é levar água para mais de 12 milhões de pessoas.
Texto reeditado por Mario Silva (O Sertão), e, alguns parágrafos extraídos da reportagem de Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília.