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Daneielle Santos Falando sobre nossas emoções

Danielle Santos
Danielle Santos em momento religioso, ao fundo o Padre Antonio

Durante muito tempo as emoções foram negligenciadas pela ciência, vistas como sutis para serem consideradas objetos de estudo. Mas atualmente são inúmeros os trabalhos que falam sobre a importância do conhecimento delas para a nossa vida. O debate sobre o tema foi além das universidades e centros de pesquisas e chegou ao cinema, a exemplo do Filme Divertida Mente, lançado ano passado, e o qual recomendo assistir.

O fato é que as emoções são tão vitais como respirar, e é mais rápida do que a mente racional, além de nos ajudar a agir em situações de emergência. Segundo Ekman as emoções determinam a nossa qualidade de vida, estão presentes em todos os nossos relacionamentos. Damásio afirma que as emoções surgem antes da razão. Estão sempre presentes no nosso cotidiano: alegria, tristeza, medo, raiva, nojo, etc. É normal sentir todas elas, mas a sua intensidade pode se tornar um problema.

Imagine se uma criança não tivesse medo de colocar o dedo na tomada de energia? O medo serve para nossa proteção, mas pode ser prejudicial quando impede que a criança durma sozinha ou quando impede um adulto de desenvolver novas atividades, como iniciar conversas com pessoas desconhecidas ou participar de uma entrevista de emprego. A raiva serve para se autopreservar, mas quando em intensidade elevada, o indivíduo pode agredir a si mesmo e a outras pessoas. A tristeza promove a reflexão, mas em demasia pode levar a depressão.

A psicoterapia tem o papel também de ajudar a pessoa a promover regulação emocional, ou seja, controlar as emoções para que fiquem em um nível saudável. Esse acompanhamento com o psicólogo ajuda a promover a saúde e a qualidade de vida. O primeiro passo é ajudá-lo a perceber que todas as emoções fazem parte da natureza humana e se manifestam no corpo. Reconhecer que uma dor de cabeça pode estar relacionada à tristeza, ou que palpitações no coração surgem quando estamos com raiva, nos ajuda a regular as emoções e deixá-las em um nível saudável.

Perceber as emoções, reconhecer a relação entre pensamentos e comportamentos nos ajuda a termos vidas mais positivas. Portanto, precisamos sempre buscar o autoconhecimento, a felicidade e desenvolver a resiliência.

Precisamos perceber e falar sobre as emoções, além de saber lidar com elas. Como disse Dráuzio Varela “emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos acabam em doenças”.

 

Danielle Santos é psicóloga, psicoterapeuta cognitiva comportamental (TCC), licenciada internacional do Método Friends (Resiliência Para a Vida) e em Terapia de Reciclagem Infantil. Atende crianças, adolescentes e adultos na Clínica AMI, em Conceição do Coité-BA, ministra cursos e palestras na área de relacionamentos humanos, resiliência e psicologia positiva.

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